17 agosto 2007

Os meus olhos querem ver-te

Por ventura, num bilhete
Prisco a leitura é lembrete.
Parcial corrosão presente
Quanto intensa era na mente.

Já recordado o passado,
Nos meus planos quero ter-te
Colorida, sem falsete
E do papel contrastado,

Nem um pouco desbotado,
Tendo então vivacidade
Estando todo amaçado
Tal qual pele pela idade

Ai! Quem dera essas lembranças
Futuro fossem não só ânsias...
Papel anodiniaria
Seríamos nós alegria

Mas, fiquemos... sós. Eu. A carta.
O desejo. Ardamos! Sós...
E que desatemos nós.
Cortejo: Que tu não parta.

Os meus olhos querem ver-te
Com teus olhos envolver-me
Em teus panos - nada inerte!
Desenganos? Passa, enferme!

6 comentários:

Unknown disse...

Os meus olhos querem ver-te...
bem interessante...

Anônimo disse...

Ah, rapaz! Muito bom escrever poesia, principalmente quando sai boa! Ficou legal, só achei que a última palavra me quebrou, não sei se é proposital, mas eu esperei uma rima ^^ de qualquer forma quebra espectativas (ou eu não entrei no ritmo da peosia direito), mas enfim, eu nunca sei essas coisas. Pior que eu tô com vontade de fazer um blog, meu flog tá ficando meio obsceno, é bom escrever (ainda que besteira). enfim!

Mano Ferreira disse...

Também não fiquei satisfeito com a última palavra, foi a que mais mudei. Eu havia colocado inferme. Jurava que a palavra existia e pra mim fazia todo sentido. Aí procurei no dicionário, pra confirmar... e não achei...
aí tentei mudar, deu nisso... agora mudei de novo: 'enferme'
mudei tb algumas coisas na pontuação...

Anônimo disse...

Sabe aquela vontade louca de perguntar ao poeta o que eles quis dizer com tal verso?

Eu conheço o poeta.

Anônimo disse...

rimou, Bk
rima preciosa, como se diz...


"Sabe aquela vontade louca de perguntar ao poeta o que eles quis dizer com tal verso?

Eu conheço o poeta."
[2]

Anônimo disse...

me senti bem lendo essa...