30 setembro 2007

Efeitos do Outono

Vejo o movimento e paro
Olho atento, eternizo
Uma a uma vai bailando
Esboçando meu sorriso

Verde vejo - e de leve amarronzado
Vendo agora do ramo desprendido
Segue o ar, o ritmo fortúito,
Pelo salão até o solo enternecido

Tento e digo as folhas amo
Pois, tanto, que amo a árvore
Amo, então, o que mata chamo
E chamo a vida pelo entrave

Se tudo amo, classe, oras
É que amor (diz bem verdade)
Não se tem por algo, se tem e simples
Se faz verbo intransitivo

Sendo assim então a ti
Pessoa por que ardo e desejo nutro
Não te amo
Eu te eros.

3 comentários:

Bruno Monlevade disse...

a enquete anda disputada...

"Eu te eros." - muito f***!!

Anônimo disse...

gostei da musicalidade, meu poeta...

Mano Ferreira disse...

Pessoal, fiz algumas modificações - estão postadas. Acho que cheguei mais perto do anseio.