12 abril 2008

Barbaridade 5

Pergunta 9 - Quais os planos pro futuro?
Txai Ferraz -
"Pode parecer prepotência, mas como são poucas pessoas que dizem que querem ser cineastas quando crescerem, é preciso persistir... Gostaria de concluir o projeto Bárbara, a bárbara, juntar o material que foi gravado na estréia junto com entrevistas que penso em fazer com quem participou da produção com perguntas bem dirigidas sobre a produção do filme. Como Vinícius se desgastou muito na edição do filme, devo tomar um pouco a frente desse "documentário", que vai sair junto com o DVD do filme. Além disso, tenho muita vontade de adaptar uma crônica do Furtado chamada "Paraíso", dessa vez usando conceitos de técnica que temos socializado na PD de Cinema, de onde sei que sairão muitas outras coisas legais.

Vinicius Gouveia -
Eu não quero ser pretensioso, mas preciso. Antes, durante e depois de “Bárbara, a bárbara”, o meu desejo é continuar trabalhando com meios de comunicação e continuar dando asas a minha imaginação. Certo dia, na minha P.D. de Artes Visuais, no primeiro ano, tivemos a visita de Marcelo Coutinho, que falou algo que eu me identifiquei bastante [não vou colocar a citação, porque sou péssimo para lembrar de frases]. Ele disse que trabalhava no meio artístico [artes, não flashes] porque precisava dar vazão a sua criatividade, ao seu pensamento. É isso o que eu sinto. Não conseguirei viver bem, se não for liberando as minhas idéias, dando liberdade a minha imaginação, ao meu pensamento. China tem uma frase que eu acho muito interessante: “eu sou o cativeiro do meu pensamento”. Eu não quero deixar meus pensamentos presos, quero libertá-los. Não vejo outro meio tão delicioso e agradável para deixá-los livres, senão o audiovisual. O cinema, o teatro, a tv... Tudo isso me encanta e eu sei que é por ali que eu quero estar. Então, desde já ando estudando para isso.

Pergunta 10 - Considerações finais.
Txai Ferraz -
Gostaria de agradecer a todo mundo, mas principalmente a Kelle Lima, Débora Prazim, Larissa Cavalcanti, Rebeca Costa e Renan Valadão, por terem proporcionado momentos memoráveis e dos quais tirei muito aprendizado (prometo não me atrasar em futuras gravações - risos). Espero que o filme tenha correspondido as expectativas de quem tanto esperou por ele. E sendo bem auto-referente e clichê nesse momento, se você acreditar, conseguirá. E particularmente pra quem quiser seguir a carreira de cinema, comece experimentando desde já. Afinal, parafraseando Glauber, cinema é "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça"!
Vinicius Gouveia -
Eu não vou conseguir falar tudo nas considerações finais. Eu precisaria listar cada situação pela qual passamos para dizer tudo o que deve ser dito. Então, eu queria agradecer a todos que estiveram na estréia e dizer que fiquei realmente MUITO feliz de ver tantas pessoas queridas ao meu lado, num momento que eu precisava, e tantas outras que eu sempre via nos corredores e, surpreendentemente, estavam lá, tornando aquelas duas horas umas das mais especiais e emocionantes que eu já passei. Além dessas, eu não posso deixar de agradecer a todos do elenco, vou falar um por um pra que eles vejam que eu lembro deles: Laríssa Cavalcanti, uma grande amiga e companheira que, hoje, parece ter surgido do nada; Rebeca Costa, uma das pessoas mais agradáveis e engraçadas [por mais que ela NÃO se esforce] com que eu nem falava, antes de Bárbara; Renan Valadão, uma das mentes nonsenses responsáveis pelo filme, embora isso não seja creditado oficialmente; Kelle Lima, que esteve sempre ao nosso lado; Débora Prazim, que acreditou conosco que o projeto ia dar certo... A Humberto Beltrão, Rahisa, Alane Moura, Denise Maria! Bruna Monteiro, que também ajudou na parte técnica, assim como Caio Azuirson que foi super gentil e, na sexta-feira, resolveu um problema que poderia comprometer a exibição de Bárbara... A Txai, que foi outro maluco que entrou nesse projeto comigo, apenas pelo mesmo amor e dedicação que eu! Não posso esquecer da professora Jane Pinheiro, a nossa voz da experiência, mentora, que apoiou o projeto nos dando força, mostrando que nós, alunos, não estávamos sozinhos e que ali, no meio do Aplicação, tinha alguém disposto a nos ajudar efetivamente. Tem várias outras pessoas, que nos lembravam do filme, na comunidade do orkut ou pelo colégio, que nos davam gás quando ele já estava acabando...
Eu estou muito feliz com a boa aceitação do público e do resultado final de Bárbara. Embora tenha sido um processo desgastante, cansativo e longo, aprendi muito e desaprendi várias coisas que eu pensei que sabia. Espero continuar experimentando e ir para além do CAp com esses projetos. No final de tudo, esse negócio de cinema é uma câmera na mão e uma idéia na cabeça mesmo.

Mas, se você quiser que o processo seja algo agradável, esteja rodeado de pessoas queridas, boa vontade e amor pelo que faz. Espero receber convites para participar de outros projetos [podem me chamar MESMO!] e concluir novos, principalmente na nova P.D. de Cinema que Jane está oferecendo esse ano, prática louvável que merece mais atenção do colégio e que tem bastante potencial para ser um novo centro de preparação de profissionais do meio audiovisual. Espero que todo o meu esforço traga de volta ao CAp não só a vontade de fazer, mas a de, também, concluir. Beijos a todos.

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