Tem pra si todo labor dos laboratórios da dança
Trapézios, plantas, pompas, que fazem lápis de lança
Para pôr suposta honra em pretensos desonrados
Só que se ao nome que carrega não se é feito jus
Não pode perfurar o professor que não tem luz
Os recônditos sabores do saber de pré ou pós-parados
Ela, como uma flor que adubada fecha mais o seu botão,
Força menos a razão pra ser vista encantadora
Mas o jardineiro tolo tolhe a pista, corta galhos que atrapalham
Fere amigos que trabalham, se lhe tentam atentar
O pêlo todo fica em riste ao saber sobre o que dela todos sabem que existe
E a revolta contra aquela toma conta
Do homem que por ela vezes tantas fez labuta
Em revólveres de fala, grita então fazendo a rima:
- Por teus prazeres pueris canta agora, Catarina!
Tu, que já fostes bailarina, após pulares tantas aulas
Não serás mais sequer assistente de palco
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