Está em todos os lados: nas ruas, nas praças, em casas e carros. Envolve as pessoas e ajuda a uni-las, ao passo em que circula informações entre os indivíduos como o sangue nutre as células de um corpo. Aquilo a que nos habituamos chamar de mídia tem uma participação cada vez mais consolidada na vida em sociedade. É preciso, então, refletir: afinal, o que é a mídia? E qual a sua função?
Em primeiro lugar, é salutar termos em mente que a mídia abarca ramos diversos da comunicação. Imprensa, publicidade, trabalhos artísticos são expressões que compõe esse universo. Mas o que estes meios mantêm em comum? Exatamente: eles são, acima de tudo, meios, veículos. Ou seja, atuam como mediadores sociais. É justamente a partir da mídia que a sociedade se comunica, em diferentes níveis, o que permite abordagens de um público extremamente abrangente e torna relevante esta esfera social.
Neste processo comunicativo, merece atenção especial um fator substantivo. Qual a influencia dos sujeitos que constroem a mídia? É inegável que os rumos do pensamento e debate públicos são decisivamente influenciados pela pauta midiática. Assim sendo, a responsabilidade dos veículos de comunicação é algo de estratosférico, pois assume potencialidade para induzir mudanças e questionamentos profundos na sociedade e na história que se trilha.
Como encarar esse encargo? O operador midiático deve funcionar como um filtro, absorvendo as principais demandas sociais e as reverberando na melhor direção possível (algo difícil de pesar). São, portanto, necessidades evidentes a quem se aventurar nesta missão ter um rigoroso preparo intelectual e uma acurada sensibilidade ética. Infelizmente, não parece que estas diretrizes estejam sendo devidamente consideradas na atualidade.
O diagnóstico desta realidade comumente culpa a necessidade das empresas do setor de atender aos interesses comerciais. Interesse comercial significa lucro, que advém das vendas - da atração da atenção do público. É óbvio que atrair o público não pode ser encarado como um problema, já que toda persuasão, inclusive para guinadas éticas da sociedade, depende deste fator. Sendo assim, o grande desafio da mídia não é ser imune a objetivos comerciais, mas aliá-los aos objetivos éticos: atrair o público induzindo mudanças sociais positivas.
Um comentário:
Texto originalmente confeccionado para a disciplina português 3 do curso de Jornalismo da UFPE.
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