17 setembro 2010

A saúde "neoliberal" do governo "socialista"

Não é de hoje que o governador Eduardo Campos expressa preocupação com a saúde no estado. Em janeiro, o governo já dizia: 2010 é o ano da saúde em Pernambuco. De fato, muitos foram os esforços feitos nesta área.

Sob os mandos diretos do vice-governador João Lyra, a preocupação de implantar um novo modelo de gestão na saúde. Os impactos foram sentidos pela população através da inauguração de hospitais (entre eles, o batizado com o nome do avô de Campos, Miguel Arraes) e UPAs, as Unidades de Pronto Atendimento 24 horas.

Apesar de alguns contra-tempos, como a falta de médicos de certas especialidades em determinadas UPAs, o clima geral na população é de satisfação com os rumos tomados por esta área no estado. Uma atmosfera que, aliada ao bom momento econômico do país (e de Pernambuco, mais especificamente), conflui para os altos índices de aprovação do atual governo e para os números das pesquisas eleitorais, que apontam uma reeleição estrondosa de Eduardo frente ao embate de cachorro grande com o senador Jarbas Vasconcelos, que dispensa apresentações.

O ponto irônico desta questão passa pela análise do modelo de gestão desenvolvido nos hospitais: por lá, o financiamento é público, mas a administração é privada. Em outros tempos, o discurso histórico do socialista PSB, partido do governador, diria, com o dedo em riste e um tom exaltado: é uma política neoliberal entreguista!

No momento, felizmente, fala mais alto a voz da eficiência. Como seria bom se o discurso deixasse de lado a hipocrisia e fosse, enfim, sintonizado com a ação...

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