do Blog de Reinaldo Azevedo:
O Estado bolivariano ainda não chegou, mas suas práticas estão aí. Leiam o que informam Leonardo Souza e Adriano Ceolin na Folha desta sexta:
“Os procuradores Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula Silva, responsáveis pela ação de improbidade contra o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), fizeram um aditamento à ação anteontem para que a informação da doação de R$ 20 mil da Artplan à campanha do deputado em 2002 passe a constar do processo. ‘O interesse em doar dinheiro para o réu Raul Jungmann é óbvio: trata-se de retribuir os ilícitos benefícios recebidos na execução contratual’, escreveram os procuradores.”
Interessante. Os procuradores acusam Jungmann de liderar um esquema que teria desviado nada menos de R$ 33 milhões das verbas de publicidade do Incra, mas decidem acrescentar à acusação uma doação, registrada na Justiça eleitoral, de R$ 20 mil. Pergunta: quem quer praticar fraudes e usar irregularmente recursos registra a falcatrua em cartório? O Brasil caminha para o hospício.
Aí leio na Folha: “O deputado admitiu que seus advogados recorreram ao STF, mas disse que sua intenção de ser investigado no ‘campo político’ permanece.” ADMITIU? Como assim? O verbo costuma ser empregado quando alguém praticou algo pouco recomendável e assume a culpa. É ilegal, imoral, ilícito, indecente, indecoroso ou coisa parecida recorrer ao Supremo? Logo será crime apelar às leis do país. Ionesco já chegou?
2 comentários:
cuidado para não queimar a mão, Manoel...
Definitivamente, Jungmann "não pôs a mão na merda"(Autor que eu esqueci agora).Deve ter sido algum estagiário imbecil que escreveu esse artigo.
Massa teu blog Manoel!Não desperdiçe talento, poste mais! =P
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