Ontem, 22 de setembro, foi o dia mundial sem carro. A iniciativa, que nasceu na França, foi difundida em 63 cidades brasileiras - entre elas, o Recife. Despertar o debate em torno da poluição e formas de transporte e vida nas grandes cidades foi o objetivo. Vamos contribuir, então.
As grandes cidades brasileiras possuem características em comum. Uma das mais marcantes delas talvez seja a ineficácia do sistema público de transporte. O péssimo, incompleto, caro e desconfortável sistema de ônibus que abastece o Recife (cidade com área de 218 km²) está longe de conseguir dar conta da demanda da população. Alternativa mais lógica para o trânsito em metrópolis, o metrô(politano) recifense é ridicularmente pequeno: 29,3 km de extensão e 20 estações. Para termos uma idéia da situação, sem querer comparar a realidade econômica das duas cidades, a malha metroviária de Paris (cidade com área de 105 km²) tem 213 km e conta com mais de 300 estações.
É verdade que o metrô do Recife está sendo ampliado. Também é verdade que as obras rastejam como tartaruga desde 1998. Atualmente, possuimos apenas 4 trens rodantes (o que explica a eternidade que esperamos quando aventuramo-nos nas estações). Os planos estendem a malha para 39,5 km e o número de trens para 20. Ao menos na zona sul (onde se dá a expansão), a situação deve melhorar um pouco. Pouco mesmo.
Uma cidade com pretensões de desenvolvimento econômico e turístico, que deseja crescer em qualidade de vida não pode permanecer com vergonhoso sistema de locomoção. Como não nos apresentam projetos para efetivas melhorias no setor, ficamos satisfeitos com as obras estruturadoras dos principais corredores de tráfego de automóveis (Caxangá, cd. da Boa Vista, etc). Elas são importantes, sem dúvida. Mas não deveriam ser a prioridade, se queremos resolver a questão de fato.
Que não esperemos ficar como São Paulo, onde os carros e motos que circulam diariamente poluem mais que as não poucas indústrias, para tomar atitudes. É preciso mudar esta política histórica de incentivo ao transporte individual que reina no país. Até lá, quando possível, que pedalemos nossas bicicletas pelas inexistentes ciclovias.
5 comentários:
Pois é, a falta de visão (inteligência) das pessoas que tomam as decisões nas realidades urbanas que nos rodeiam é incrível, não sei, mas acho que o custo de criar ciclovias entre os principais pontos da cidade é muito mais baixo que qualquer outra medida. Além disso ciclovias geram os benefícios econômicos-ambientais-sociais-físicos que os carros e ônibus mal planejados nao ocasionam.
É meu caro... nós que andamos de ônibus é que sabemos as dificuldades... Mas também não são apenas as ruas, avenidas e estações que precisam melhorar. Vamos lembrar também das calçadas (principalmente na 7 de setembro, rua do hospício, cd, da boa vista) que estão num estado que dispensa comentários, e que por causa dessa falta de investimento as pessoas tm que andar pela rua. Absurdo!
PS:. bom texto. jogue lixo no lixo! =x
não jogue lixo: recicle! =p
Não faça lixo: reduza o consumo!
acho q n tem mais o que alterar, a n ser q eu dissesse: não reduza o consumo, não consuma rsrs
filho de peixa, peixinho é
essa falas de mano e Kyrtis que não se tem resposta (pra mim) são em parte irritantes (no bom sentido, claro!)
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