É justamente à cintura de listras e letras
Que a moça leva o cinto acima de arestas
Com as lembranças dos janeiros de cantos e festas
De sol sublimante e sentimentos inteiros
Justo a dona, a moça de inocência aparente
Ao estar presente palpita poemas, suscita suspiros
Provoca dilemas, se faz amorosa
E lateja minha mente em assopros de prosa
Para julho em anos nós temos um tempo
Rumamos setembro vivendo a estação
Entre joelhos e planos construamos um templo
E na primavera primeira colhamos a mão
É exatamente o que sinto, até quando minto, que me traz à pena
Pois a poesia é um cinto que quando escrevo me adorna a cena
Mas se não a escrevo, se aperta e me sufoca
Como faz a moça, a dona do que sinto, quando se ausenta
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