as lembranças vêm, são cartas
do tempo em que se usavam
se ousavam comumente
para onde, sonolenta, a ousadia se recolhe
querendo sempre que alguém a colha.
as lembranças vão, são cartas
da não escrita já sem força de uma mão
em forma que reside na vontade em vocação
para onde, sonhadoras, gostariam de voltar
e percorrem apenas os velhos vasos de uma pena renitente.
as lembranças vãs são cartas
que mesmo num sono intenso
dos sonhos mais não pousam
porque a dor amassa
cada linha da pele encardida.
as lembranças vis são cartas
a pedir ao tempo que enfim velozmente parta
com desejo retirante de viagem derradeira
viagem carregada na essência de madeira
traduzida na armadura de veias, o envelope.
3 comentários:
owwn,mano! *-*
não me venha falar de lembranças comigo aqui no Rio e com o terceiro ano tão perto do fim.
Veio-me a lembrança, Voltei ao seu blog, e vi meu grande amigo escrevendo alta poesia.
Continue firme.
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